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Uma questão de Interpretação - Por: Chrystian

Vez por outra surge em nosso meio aquelas vozes incessantemente falando sobre a conclusão que chegam sobre terem visto certas exposições que tem acontecido nas instituições do Cariri e do mundo. Pessoas das mais diversas culturas, sorvem aqui na nossa região as manifestações dos artistas plásticos. Quais os significados sobre suas pinturas, esculturas, instalações, objetos, desenhos, etc, etc? .É com-pletamente normal pelo menos ficarem muitas intrigadas, hesitantes, enraivecidas. Mas como entender a verdadeira arte de uma forma em geral, ou seja, a arte e suas variadas linguagens, se o que tenho para entender exija um esforço mental e da sensibilidade? Como posso absorver uma imagem senão a de que me leva a compreensão não seja de um senso pelo menos crítico? Sim, já é um bom começo usar o cérebro como ponto de partida. Ficar acostumado a não ter senso crítico das coisas é que se torna uma burrice tamanha. Ficar acostumando-se a apresentações ,digo, no sentido mais claro, apresentações, de apresentar algo onde o assunto disso é apenas uma coisa tão óbvia e irrelevante realmente é assumir uma realidade absurda crescendo cada vez mais, invadindo mentes, invadindo ruas, invadindo escolas, repartições públicas que chamo de a falta de “cultivar o que seja realmente interessante, verdadeiro, necessário.” Em vez dessas apresentações, os artistas expõem suas representações íntimas, procuram representar o valor das coisas, a essência subjetiva e coletiva, o que está escondido mesmo que não haja uma resposta para o que procuram, haverá aquele contagio de arte que comunica coisas que no fundo estão dentro de cada um, sentimentos que engendram um mundo possível, que no fundo sentirão admiração por algum trabalho mesmo nada compreendendo mas sentindo com a imaginação um mundo real que só pode ser visto quando interpretado. Aí dirão uma nova conclusão quanto a isso: “arte é aquilo que acho bonito. Eu vejo e acho bonito. Quero colocar na parede da sala para enfeitar.” Quando voltamos no tempo da história da arte vemos um período obscuro onde quem ditava o rumo eram os poderosos na Europa. A arte tinha nesse tempo características voltada aos gostos egocêntricos e caprichosos que viviam em pompa e ociosidade. Os artistas se vendiam a um consumo aristocrático insaciável e conseqüentemente influenciava todo o mercado e a sociedade. Os poucos artistas verdadeiramente íntegros viviam miseravelmente de suas pinturas quando não aceitavam serem fantoches daquele que ditavam as regras. Os valores das coisas são avaliados pelos que possuem maior poder aquisitivo. Leis são manipuladas aos seus sistemas oligárquicos. Pagavam altas quantias por quadros que representassem suas riquezas, seus domínios, paisagens dos seus "quintais", queriam as imagens das naturezas para enfeitarem, portanto, condicionou o mundo a admitir que a pintura servia senão para trazer uma decoração para seus palácios, castelos. A beleza de uma pintura, de uma escultura, ou de outra linguagem, está sensivelmente impressa além de uma cópia tirada da realidade. Quando ao olharmos uma exposição devemos observar desde o tema da exposição para que se possa haver uma visão íntegra da proposta. Uma interpretação então se faz quando se olha um conjunto de elementos, entre composição, contemporaneidade, clareza, objetividade, teoria contextualizada, ou seja, teoria sobre pelo menos o conhecimento da historia moderna da arte para um exercício de comparação do contexto social, político, religioso de cada época. A verdadeira arte é aquela que transmite um pensamento de denúncia, ou alegria, controvertido ou imoral, religioso ou profano, contanto que essa arte transmita ao outro uma coisa substancial ou não. Questões de gosto são particulares. Nesse momento quando nos deparamos diante uma obra de arte e somos impactados pela sua representatividade seja ela feia ou bela, mesmo que um rosto não comunique feições renascentistas, sentimos um profundo regozijo, somos provocados a questionar a subjetividade do autor da obra e somos muitas vezes levados numa identificação subjetiva com o autor, nos identificamos as vezes, entendemos o pensamento que foi expresso na obra e então é nesse momento que existe um contágio fazendo com que apreciemos a arte como algo que transmita algo ao nosso espírito. Senso crítico pelo amor das nações! Senso crítico por favor!.

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